terça-feira, 13 de maio de 2008
Quadrinhos que Não Voltam Mais
Sempre fui um rato de banca, querendo saber sempre das novidades, comprando ou não. Mas hoje em dia quando vou a banca e vejo no setor de quadrinhos, milhares de exemplares de comics e mangás, vindo respectivamente de EUA e Japão, sinto falta de um grande mercado que existia lá entre o final dos anos 80 e início dos 90, o de quadrinhos infantis nacionais, ou simplesmente, os gibis, como eram conhecidos por nós.
Era grande o número de publicações deste ramo que se proliferavam nas bancas, e foi exatamente este segmento que me fez me apaixonar pelos quadrinhos e pela leitura. Lembro que um dos meus primeiros contatos com os gibis foi o palhaço Alegria, que minha Mãe comprava para mim. Era uma turminha de circo bem simpática e um dos seus grandes atrativos era o fato de Alegria nunca tirar a maquiagem de palhaço, gerando uma curiosidade no resto de sua turma.
Depois do Alegria, tive contato com uma enxurrada de outros gibis, como O Pequeno Ninja, que contava as aventuras de um pequeno guerreiro ninja e seu fiel cachorro, e que teve os derivados Khin – O Pequeno Samurai e Shaken – O Cachorro Ninja; O Gordo e Cia e A Turma da Fofura, duas criações de Ely Barbosa que fizeram muito sucesso; Os Trapalhões, adaptação do grupo de humoristas da TV para os quadrinhos, iniciando assim uma fase onde vários artistas e personagens da TV eram transportados para os gibis. Foi assim com os apresentadores Xuxa, Sérgio Mallandro, Faustão e Gugu, o alienígena Fofão, os sertanejos Leandro e Leonardo, e até mesmo os mexicanos Chaves e Chapolim. Mais tarde chegaria também as aventuras do Senninha, homenagem ao grande ídolo da Fórmula 1.
Outros títulos que se destacaram muito foram A Turma do Arrepio, que contava com uma turminha de monstrinhos e Change Kids, uma livre adaptação infantil para o sucesso japonês Changeman.
Sempre na linha de frente, tinham destaque dois grandes mestres dos quadrinhos nacionais, Mauricio de Souza e Ziraldo. O primeiro com a Turma da Mônica e Pelezinho, inspirado no rei do futebol, e o segundo com O Menino Maluquinho e A Turma do Pererê.
Neste ano de 2008, a Editora Globo fechou por tempo indeterminado o seu departamento de quadrinhos, menos de um ano depois da Turma da Mônica ter trocado a editora pela Panini. Para concorrer com Mauricio de Sousa, a Globo vinha publicando O Menino Maluquinho, que tinha voltado depois de muito tempo, Sítio do Pica-pau Amarelo e Cocoricó.
Resta agora, apenas A Turma da Mônica pela Panini, única sobrevivente do que foi a era de ouro dos gibis infantis produzidos no Brasil. Ficamos na torcida para quem sabe um dia nossas bancas voltem a ter uma variedade de publicações para o público infantil como foram esses tempos áureos em que vivemos.
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6 comentários:
Que suadades... Celso você me fez viajar no tempo...Obrigada.
Como sempre falo: tá maravilhoso o seu blog.
Abraços
Bom, eu já peguei essa época dos importados, o único brasileiro que eu lia era a turma da mônica, pois o que eu adorava mesmo era os mangás.
Ziraldo e Maurício de Souza são meus ídolos. Ultimamente só páro em banca de jornal pra comprar cartão pro celular. Vou voltar a prestar atenção nos outros produtos da banca...rs
meu favorito sempre foi a turma da monica, nao tenho muita saudade dos outros pois nao me lembro muito bem desses gibis todos.
deve ter sido um tempo legau pq em termos de quadrinhos atualmento é difico encontrar produções de qualidade mesmo entre os magas que eu ate gosto bastante. tudo muito adulto, perderam a simplicidade que era o que eu mais gostava.
Eta tempo bom, pena que não tem volta, hoje nossas crianças já sabem mais que nós na arte dos jogos virtuais, e a leitura está cada vez mais esquecida.
òtimi blog, as cores a orgnização...parabéns!!!
q pena
segunda vez q estou aqui
esses quadrinhos sao muito bons
mas n vao voltar mais
triste
parabens pelo blog
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